quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Realidade?

"Ontem fui ao infantário levar o meu filhote e aproveitei, como era o 1º dia, para falar com a responsável, que me disse apenas que ligou para o Centro de Saúde a pedir orientações e eles limitaram-se a sugerir que colocasse desinfectantes em cada uma das salas e a ter um local para isolamento de casos suspeitos. Mais nada... Nem um plano de contingência têm!
Quer ontem, quer hoje, quando cheguei, encheram logo de beijinhos o meu filho nas mãos e na carinha, como costumam fazer normalmente.
Estou preocupada, mas não sei o que fazer, nem para onde hei-de reclamar. Ainda por cima, fiquei com a sensação que ficaram ofendidas com as minhas perguntas sobre se tinham tomado medidas para prevenir o contágio da Gripe...
Segundo elas, como há irmãos em salas diferentes do infantário (creche + infantil), não adianta muito andarem com grandes medidas de prevenção porque ao fim e ao cabo os miúdos contactam uns com os outros!Além de que os da sala dos 3 anos já comem no refeitório, junto com os da infantil! Então, mas não era uma boa altura para impedir que eles contactassem uns com os outros?! Ou sou eu que estou a ser paranóica?"

recebido por email


E sobre as "preocupações" desta mãe? O que dizer? Preocupações a mais por parte das famílias e a menos por parte dos profissionais?

3 comentários:

Luz disse...

Este email faz-nos repensar as nossas atitudes. Não se trata de paranóia mas de prevenção. É difícil nãp lhes dar beijinhos, eu sei, mas, por agora, é absolutamente necessário!
Bjs
Luz

Glicéria Gil disse...

Olá Luz,
Também me parece que a prevenção é o melhor caminho e as crianças de 4/5 anos já são capazes de compreender a razão porque devemos "guardar" os beijinhos para daqui uns meses.
Porém a sondagem que por aqui se fez (sem qualquer rigor) aponta para uma tendência para continuarem os beijinhos e abraços ...

rute moura disse...

O hábito de cumprimentar com um beijinho está amplamente difundido no nosso país, até mesmo por entre as crianças. Esta primeira semana de trabalho no JI tem-me dado algumas provas disso bem como da dificuldade de todos em alterar hábitos. É preciso que todos estejam sensibilizados (educadores, famílias, crianças) e que realmente se considere que, como diz a canção, "sem abraço, sem beijinho, sem aperto de mão... não é desprezo é apenas protecção". Há muito trabalho ainda a fazer...