Os Bancos Alimentares realizam mais uma Campanha de recolha de alimentos em 28 e 29 de Novembro.
Em relação a este assunto tenho umas ideias muito próprias e que sei que acabam por gerar alguma
controvérsia na maioria das pessoas, mesmo que não assumida, não
exteriorizada, remetendo-se ao silêncio. Mas como estamos num país e num blog de liberdade de expressão e presumindo que estão interessados naquilo que eu penso, o que pode ser presumir demais, passo explicar :
A solidariedade pode ter inúmeras manifestações e solidariedade no seu mais imediato é um valor que todos deveríamos ter e cultivar. Até aqui penso que estamos todos de acordo. Ser solidário é ser amigo, é estar pronto para ajudar, é ouvir, é conversar, é sorrir, é abraçar, é um mundo de atitudes...
Quando falamos de solidariedade em relação aos "outros"...aqueles que não conhecemos, aqueles com quem não nos cruzamos ou nem vemos, ou preferimos nem ver e fazer de conta que não existem, aqueles que também precisam muitas vezes de um sorriso, de uma palavra, de respeito, aos que passam dificuldades, que não têm uma casa com o mínimo de condições, ou nem sequer nenhum tipo de casa, que não têm comida, que não têm roupa, que perderam a dignidade de viver, temos obrigação de ajudar. E temos obrigação de ajudar pelo menos como agradecimento por não sermos nós que estamos a passar essas dificuldades.
É claro que me podem falar das pessoas que estão nessas circunstâncias porque não querem trabalhar, porque preferem viver à custa de subsídios pagos com o nosso dinheiro e da caridade dos outros e são uma realidade, mas quantos e quantos tinham uma vida normal, como nós, e perderam os empregos e estão desesperados sem terem como fazer face às despesas, sem terem comida para dar aos filhos e quantos e quantos são "pessoas sem-abrigo" e estão nessas circunstâncias porque perderam um filho, porque perderam a família, porque perderam o sentido da vida. Tudo isto é muito mais fácil de acontecer do que nós pensamos e se pensarmos que também eles tiveram pais que os amaram e que quiseram o melhor para eles, como nós queremos para os nossos filhos, não tenho dúvida que o menos que podemos fazer é contribuir de todas as maneiras que nos sejam possíveis.