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quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Ver para crer

Por Glicéria Gil


Tips for Teaching Kids About Germs -- powered by eHow.com

Andar a par do que se fala e escreve sobre a saúde das crianças faz parte do meu trabalho. Daí que de vez enquanto me depare com bons artigos, bons vídeos e vice-versa. Este vídeo que hoje aqui trago pretende apresentar uma experiência que pode ser feita com crianças pequenas de modo a que estas compreendam a facilidade com que os micróbios/germes se propagam. No vídeo são apresentados dois produtos, um alimentar e outro de utilização vulgar em actividades de expressão plástica, o glitter, ou os "brilhos" como muitas vezes é referido pelas crianças e adultos.
Só uma breve nota em relação a este tipo de experiências. Analisando assim ao de leve esta demonstração, e tentando colocar-me na perspectiva da criança com olhar de adulto, que direi eu acerca desta amálgama de óleo, glitter e micróbios? Em primeiro lugar, o óleo alimentar que a minha mãe usa para fritar o peixinho vai ser esfregado nas minhas mãos, ensopado com brilhos"(aqueles que utilizo no JI/Escola para fazer trabalhos de Natal muitos giros para oferecer à mamã e ao papá) e vai direitinho para este bago de uva ou outra coisa qualquer que eu decida segurar na minha mão. Verifico que o micróbio é "colorido" e deve saber a uma mistura de uva, polvilhada de glitter e aromatizada com óleo. Dizem-me que assim eu fico a perceber melhor como é que os micróbios passam da minha mão para os objectos e dos objectos para mim e outras pessoas. Nada melhor do que ver para crer.
Também fiquei a saber que o bago de uva que eu agarrei apesar de brilhante, resultante do glitter, faz muito mal à saúde. Vá lá que os "brilhos" não são para comer e isto é só uma experiência. Pelo sim, pelo não, não sei se não será melhor eu dizer à minha mãe que não quero mais peixinho frito. Não vá estar por lá algum micróbio escondido. Também vou dizer à Mafalda que não quero fazer mais trabalhos com os "brilhos". Espero que ela não se aborreça comigo por eu recusar, mas é melhor jogar pelo seguro.
Parece-me que gostava mais quando sabia que os micróbios eram invisíveis. Não os via mas calculava que estivessem lá.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Caso sério

Por Glicéria Gil

Ainda não começaram as "aulas" mas as preocupações já vão regressando. Saber que nome dou à sala, o que faço nos primeiros dias, ponho tapete ou não (para mim pensei numa cadeira confortável), é higiénico dar bolachinha aos bebés e depois eles andarem por ali à cata de migalhinhas, ainda por cima agora que só se fala em gripe para aqui, gripe para acolá, faço fila um a um, dois a dois, tudo em molhe e fé em deus, saio para o recreio a que horas, como organizo as actividades, o que ponho na sala, quantas mesas, lugares marcados ou não, parece-me que as cadeiras são muito altas para as crianças de 3 anos, não gosto nada do modo como a minha colega deixou a sala organizada, as cortinas do fantocheiro são horríveis, mas como podia ela gostar de cortinas amarelas às bolinhas azuis numa sala toda cor-de-rosa, a casinha das bonecas vai para ali, a garagem para aqui, ó diabo onde é que eu ponho o baú das trapalhadas, os placards vou decorá-los, ponho dois elefantes do lado direito, uma girafa do lado esquerdo, um papagaio em cima e uma barata em baixo, e ainda tenho que ver o caso das almofadas (ou tenho uma para cada criança ou então vai haver guerra), será que a auxiliar é prestável, espero que goste de trabalhos manuais, ai que saudades que tenho de fazer a prendinha para o natal, o que será que vou (vamos) fazer este ano, mas o melhor mesmo é pensar no que os meninos vão levar para casa no primeiro dia, já estou a ver os pais (alguns) todos babados a receber a oferta do filho, e eu tão orgulhosa do meu papel.
Estão a ver? Ainda faltam 10 dias para o recomeço e a minha cabeça já fervilha...

Nota: Esclareço que este é um post humorístico. Poderia ter escrito sobre o tempo de espera na linha Saúde 24 ou sobre o calor deste Verão. Um dia faço isso.